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Biografia do Henfil

Vida e Legado de um Artista Engajado Politicamente

Henrique de Souza Filho, o nosso Henfil, nasceu em 5 de fevereiro de 1944, na cidade mineira de Ribeirão das Neves e, com seu estilo único e irreverente, marcou a história da arte, cultura e democraca brasileira com suas charges e tirinhas que abordavam questões políticas, sociais e culturais do país, se tornando um dos mais importantes cartunistas e escritores brasileiros.

Ainda jovem, Henfil demonstrou talento para o desenho e escrita. Aos 17 anos mudou-se para Belo Horizonte, onde começou a trabalhar como cartunista no jornal "Diário de Minas". Mais tarde, já morando no Rio de Janeiro, tornou-se conhecido nacionalmente por meio de suas colaborações nos Jornal do Brasil e, claro, no "O Pasquim”, periódico que causou uma verdadeira revolução no humor gráfico brasileiro.

Ainda jovem, Henfil demonstrou talento para o desenho e escrita. Aos 17 anos mudou-se para Belo Horizonte, onde começou a trabalhar como cartunista no jornal Diário de Minas. Mais tarde, já morando no Rio de Janeiro, tornou-se conhecido nacionalmente pelos seus desenhos no Jornal dos Sports e no “O Pasquim”, periódico que causou uma verdadeira revolução no humor politico brasileiro. Em seguida, lançou as tirinhas do Zeferino no Jornal do Brasil, com a turma da Caatinga: Zeferino, Bode Orelana e a Graúna.

Infelizmente, a vida de Henfil foi interrompida precocemente em 4 de janeiro de 1988, aos 43 anos, devido a complicações causadas pela AIDS. Sua morte foi uma perda irreparável para a cultura brasileira, mas seu legado continua vivo através de sua obra, que continua inspirando reflexões sobre a sociedade brasileira. Suas inquietações e provocações permanecem desconcertantemente atuais e conteporâneas.

Henfil deixou um grande impacto na história do Brasil e da arte mundial, sendo lembrado não apenas como um talentoso cartunista, mas também como um defensor incansável da liberdade, da justiça e dos direitos humanos.

personagens

É um espírito-criança. Arteiro, é o protagonista de um cemitério de mortos-vivos em que eram enterrados os adversários intelectuais e morais de Henfil, acusados por ele de colaborarem com a ditadura militar e traz referência à entidade da umbanda e do catimbó chamada de Caboclo Mamador - espírito de uma pessoa que morreu ainda criança.


Filha da Graúna, a Grauninha representa os filhos da fome e do descaso com os nordestinos à época da Ditadura. Seu nascimento foi um momento de esperança e renovação para a Graúna, mas viveu pouco, pois logo morreu de fome.


Integrante da Turma do Cerrado, junto com o Bode Orelana e o Capitão Zeferino, a Graúna é a mais famosa das criações de Henfil.
Representada graficamente como um ponto de exclamação (!), a personagem é a representação da mulher negra e nordestina. Sendo a mais inteligente e contestadora do grupo, a Graúna, trazia os questionamentos políticos e o contraponto ao ‘alienamento’, contudo estava sempre tão envolvida com seus próprios problemas, como driblar a fome e chocar seus ovos, que não tinha como levar à termo suas revoltas contra o ’Sul Maravilha’.


Segundo o próprio Henfil, o Capitão Zeferino ‘é um cangaceiro que vive na caatinga, com os problemas da caatinga paralelos aos do Brasil’. Representado por um homem de meia idade e uma espécie de ‘Robin Hood caboclo’, Zeferino era altivo e lutava pra sair da miséria em que se encontrava.



O intelectual da Turma da Cerrado, o Bode Orelana, deve sua erudição ao hábito de comer livros e jornais, embora, sempre, as más notícias sempre o deixassem enjoado ou em estado de choque. Orelana parece haver imposto a si mesmo uma auto-censura, ficando mudo por um bom período, talvez por perceber a incapacidade de, com toda seu conhecimento, transformar a realidade de pobreza e fome que o cercava.